Tolices

Eu queria escrever um texto às duas da manhã, algo que escandalizasse as estruturas bloguisticas de todos que me acompanham, mas passam tantas coisas na minha cabeça nesse exato momento, tão rápidas que são incapazes de ser capturadas em tempo hábil pra traduzir em palavras e escritas. Ah ta, desculpa, mas eu não falei antes. Eu não estou bêbada, nem ingerir nenhuma droga, que fique bem claro!
Queria falar do meu emprego novo e que não está me encantado os olhos, queria falar da minha inquietação em relação à vida e as pessoas que não pensam ou não agem da forma que acredito, queria falar do meu humor inconstante, da minha falta de paciência pra o que deveria ser obvio e pratico, queria falar da minha vida e da minha forma de ver o mundo - que pra alguns parece tão simples e ás vezes se complica, simplesmente porque pessoas traduzem de forma muito particular as historias alheias – e combinam com suas historias coisas que não tem nada haver de se combinarem.Ou porque precisam criar, ora bolas!
Poderia falar mais de mim nesse mundo inusitado de contos, farsas e historinhas bloguisticas, que nos prende por estarem conectadas a algo que fala de nós quando lemos, mesmo que em mentiras – mas que é verdade, quando escritas por que existe algo seu ai na linha, ou se preferir nas entrelinhas. Fica bom assim?.
É assim mesmo, você está ligado as pessoas por algum fio que une de admiração ou de identificação, às vezes inconsciente. Às vezes se perde com o tempo – o fio de admiração, perde mesmo, perde tanto que nem você consegue identificar como pôde ter um dia colado, porque algo se quebra, literalmente por um simples ato, e se não é tão forte a esse ponto, ele se esvai, como a vida dos que passam sem deixar sinal de que um dia pudessem ter ficado.
Eu falo de tanta perda, e a gente perde tantas coisas todos os dias, assim como as ganha. Mas é claro que a perda marca mais que o ganho, e por isso que não conseguimos ser tão ingenuamente felizes com ganhos simbólicos e pueris. Nossos olhos andam cansados, a gente vê muita coisa na terra entre as pessoas. A leveza da ingenuidade já não atinge os corações. Os tolos tornam-se o alvo fácil de zombaria, e ser forte torna-se juntar-se aos fortes pra execrar os tolos. E a família se expande, sem a gente sentir. A mente grita: Preciso me unir! Preciso me aliar á alguém que pense igual, que fale igual e que haja igual, caso contrario serei execrado, banido, transportado pra outro mundo. E logo eu! Não posso, não quero, preciso me unir.E os repertórios se repetem, você repete exatamente o mesmo modelo que um dia denegriu, e tão só! Como não fazer o mesmo. Você entende que o mundo não está errado, a piada foi pra os espertos e você precisa rir junto. Caso contrario?!? Já sabe.
Se você crê no amor você é tolo, se você é romântico você é tolo, se você acredita nas pessoas você é tolo, se você confia você é tolo, se você é altruísta você é tolo, se você vive feliz você é tolo, mas se você morre como tolo você é herói.E o maior questionamento aos tolos é de “como pode ter morrido pessoas boas???” Mas, se durante sua vida você viveu morrendo como um tolo, morrer é apenas o final de ter sido tão tolo.

Pessoas vivem precisando aparecer na terra, uns com os outros, porque se não aparece perde o sentido de viver. Disputa, competição e ganhos. Perder! Nem pensar. Viva a vida como um ganhador, porque perder é a prova cabal de que nada serve, exceto - no desejo de morrer tolo.


Dica: A partir de agora joguem os dados e descubram o porquê desse texto. Liguem o texto a musiquinha abaixo.E deixem a imaginação fluir... Ou comecem a acreditar que nem sempre coisas precisam acontecer pra refletirmos sobre a vida - como uma tola.

Bjs e Bom começo de final de semana