DEMOSTRA O QUE TU ES QUE EU LOGO VEREI SE TU SERVES...

É triste mas é a verdade, nua e crua, de todo e qualquer local que habitemos no Brasil – o ser humano tem mania de inferir.
Basicamente há duas semanas tenho trabalhado bastante para que minha meta seja cumprida até o final do mês, infelizmente por motivos externos essa situação não está acontecendo, mas visto que sou uma pessoa que não trabalha bem com perdas, resolvi então montar estratégias para finalmente consegui atingir o objetivo almejado. Pois bem, diante de tal fato, eu não sou uma pessoa que precisa mostrar ao mundo que estou sofrendo ou que estou trabalhando como uma louca para consegui meus objetivos, eu luto do meu jeito e pronto. Exceto na adolescência que eu tinha uma tendência a demonstrar até para meu cachorro que lagrimas eram sinônimos de dor profunda – talvez porque eu assistia muito filme de Lasy. Mas hoje, o sistema é bruto e as armas para encarar o mundo profissional podem ser todas, menos espernear feito criança em campeonato de dama.
É natural que as pessoas exijam de você posturas práticas e visíveis de desespero para validar que um trabalho ou um sofrimento está sendo sentido. Eu acredito completamente no contrário e luto por essa crença até o final. Eu não acho que preciso chorar ou sorrir para demonstrar minha felicidade, eu não acho que tenho que ser legal ou gente fina com pessoas que não influenciam na minha vida para meu bem estar, eu não acho que preciso andar de um lado para o outro com cara de desespero para dizer que a meta está sendo atingindo, e eu não acho que preciso fazer caras e bocas para conseguir alguma coisa que é lógica e só tem remédio quando as coisas certas começam para terminar corretamente.
O mal do ser humano é querer concretizar tudo, ou explicar tudo, até os sentimentos particulares de cada um. Cada um sabe e se apresenta de acordo com o que é possível e o que acredita ser melhor, seja se escondendo em alguns momentos, não.
Hoje a cada olhada que recebia do meu superior tipo; meu Deus ela não está desesperada, eu em voz alta o disse: O fato de está sendo serena, não quer dizer que não estou produzindo ou preocupada com a minha meta, e nem estou minimizando a importância da situação critica que estamos passando?!
Ele respondeu: É, você disse certo, você está muito calma?
Finalizei a tarde dizendo: Mas diante de todo desespero alguém tem que está com a cabeça no lugar e isso não se configura incompetência!
Ele iria sair de féria a partir daquela tarde, depois de rodar toda a empresa, ele voltou a minha sala, em meio de muito papeis e me disse: Boa Tarde! E eu lhe respondi: Boas férias.

Como sou nova na empresa,é natural que as pessoas tenham uma tendencia a buscar a segurança que um trabalho efetivamente será cumprido! Mas, infelizmente essa prova so ocorre com o tempo, diante de muito trabalho, ou nunca será percebido dependendo de quem está ou se diz está depositando a confiança, em você?!?!

Eu penso que deva ser assim que os sentimentos se configuram quando ainda crianças não sabemos bem o que realmente é algo que sentimos. Primeiro sentimos e depois nomeamos, ou nomeiam por nós e reproduzimos. O pior de tudo não é, nem quando nomeiam, nem quando sentimos, mas em infeliz frase; quando associamos que competência tem que ser demonstração de desespero!