domingo, 19 de julho de 2009

A nossa liberdade só disputa com aquilo que não foi conquistado, e que a gente achava que era nosso.



As pessoas vivem se enganado, fingindo sentimentos, acreditando em falsas promessas e enganando a si mesmas. Você anda na rua e descobre que o sabor de ser livre é apenas a certeza que sua vida está ligada a alguma coisa, pequenas ínfimas e inevitavelmente limitada. E simplesmente a hipótese de Ser, está muito mais ligada a Estar Livre; em partes, em pedaços, em momentos ou em pequenos instantes. Somos assim tão vivos e tão mortos por alguns instantes, marcados por sentimentos indissolúveis, que marcam nossa vida, sem nos deixar livres por completos para viver e aprender o que mais a vida poderia nos oferecer. Somos pequenos, e infelizes, pois diante de tantos estímulos e possibilidades de nos sentirmos felizes fazemos de nossa vida um sórdido e pequeno castelo de areia. O que te faz feliz pequena criatura que sabe a hora que nasce e não sabe quando e como morrerá? O que te faz andar para o futuro, para as conquistas? O que nos move para aquilo que não tem sentido, ou aquilo que jamais conhecerá? A vida é cheia de mistérios impossíveis de se desvendar no seu sentido mais completo.Sabemos tanto, mas ignoramos tantas coisas. Amamos, sofremos, nos reconhecemos, nos envaidecemos, nos completamos ao lado de alguém incompleto, nos limitamos aos olhos de alguém, ou somos independentes demais, orgulhoso e feios demais para nos mover. Um dia todos irão morrer e a liberdade tanto almejada, numa ilusão hipócrita de que liberdade está fora e não dentro de nós mesmo, será a única conquista de fato que levaremos... E finalmente, será apenas fim!
A nossa liberdade só disputa com aquilo que não foi conquistado e que a gente achava que era nosso. Mas nada é de ninguém.


Um comentário:

Aqui não precisa bater...Se jogue!