segunda-feira, 11 de maio de 2009

Amor é aquilo que lhe toca sem explicação de ser ou sentir...


Amor é aquilo que lhe toca sem explicação de ser ou sentir.
É o que te consome em noites de frio ou calor como febre que não determina hora para atingir.
Amor é aquilo que chega como tornado permanece como furacão e não te dá explicação nenhuma do que teria acontecido.
É não saber de onde vem para onde vai, te consumindo sempre pela inquietação das ânsias pelo novo encontro.
É quando a boca cala num beijo, quando ínfimas brigas esgotam toda possibilidade de olhar no outro.
Amor é o que te amedronta e te angústia por medo de acabar muito cedo e o que lhe provoca êxtase por quase todos os dias.
É sentir mais do que todo mundo, e se achar o último biscoito do pacote, mesmo que seja apenas o primeiro.
É sentir o que ninguém consegue explicar em meios de tantas viagens e elucubrações possíveis por momentos paralisantes em que todo mundo interage, mas apenas você sabe.
É dormir e acordar num humor inexplicável.
É não ter hora para se surpreender, nem ser surpreendido, porque tudo virá alguma surpresa.
Amor é o que te dilacera na cama, o que te arrepia na luz do dia, e o que não se coisifica.
É olhar nos olhos do nada e ver tantos nadas com sentido.
Amor é aquilo que não se questiona.
É beijar intensamente e incansavelmente a mesma boca e pensar em coisas todos os dias.
É pára pra ver todos os fenômenos da natureza e se contentar apenas com a lua cheia.
Amor é o sim, o não e o talvez, entre o que não se tem resposta...
Amor é o que se ausenta quando se sofre, mais aumenta rápido quando se agüenta.
É deitar e dormir acordado se deliciando com todos os encontros possíveis com alguém que está perto em pensamentos, sem ter o corpo presente.
É anular todas as hipóteses que subjaz um explicação escrota do que é nada.
Mas entender que se nada é o amor, com certeza, senti-lo é a explicação de que existem coisas na vida que não foram feitas para ser entendidas, apenas sentida.
Amor é o mais profundo dos sentimentos, é o tocar sem tocá-lo, é o consumir sem consumi-lo, é o que te preenche no vazio.
Mas amor de verdade é aquele recíproco, porque amor sozinho não é amor...É apenas desespero de ser amado.
É amor sofrido, vazio e sem sentido.

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